O tempo percorre por onde passei
E onde estou agora nem mesmo eu sei.
Já andei por terras que nunca pensei
As vezes fui escravo e as vezes fui rei.
Estou a deixar para trás o que me convém
Por muros mais altos que o céu eu nunca fui um Deus.
São apenas coisas que passam e tentam levar
O que nós perdemos com medo de achar.
As vezes dói falar e é difícil ficar de pé.
Porque faço isso? Por uma resposta qualquer!
Meu corpo é o espaço que busco encontrar
Vou atrás de miragens e agora estou longe
O bastante de tudo que está em mim.
São dores que passam até devorar o quarto vazio
Mas ninguém está lá além de mim.
O meu choro contido repleto de imagens
Que trazem o passado e o que se deixou.
Não há o que vê ou o que conquistar
O mundo se foi e as luzes não estão onde estou.
São cores que passam e tentam não ser
A morte completa para quem não quer viver.
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