Eu vejo nos outros rostos feridos,
Corpos submissos a fraquezas e lamentos.
Eu vejo nas derrotas almas perdidas,
Lembranças esquecidas
Pela dor e sofrimento.
Eu vejo na volta das ultimas despedidas
Sangrentas lágrimas
Em mãos armadas e sem poder.
Eu vejo no sangue que reflete em minhas margens
O grito dos que morreram em busca de respostas.
Eu vejo na glória dos que mataram sem motivo
O sofrimento que estará em sua frente ao acordar.
Eu vejo no arrependimento
Dos que mataram sem escolha
Um novo motivo para recomeçar
E poder voltar atrás.
Eu vejo na fome dos que secam a esperar
A salvação mais lenta que um ser pode ter.
Eu vejo pelos olhos de quem não mais vive
A vida que se foi e não mais me pertence.
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