SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!

O blog contém um pouco do muito em mim,ou seria melhor muito do pouco em mim?não sei bem ao certo,como acho que não sei bem ao certo de muita coisa que penso saber até hoje.enfim o blog foi feito com muito carinho e atenção a cada mínimo detalhe e é o resultado de anos escrevendo,desde textos da minha infância,adolescência e ate hoje.espero que gostem,sintam-se à vontade para me seguir e comentar.

Quem sou eu

Minha foto
Recife, PE, Brazil
"sou apenas um simples resumo complexo de todas as pessoas que já passaram por minha vida"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Pode entrar


Pode entrar, fique a vontade e saiba
Que nunca é tarde demais para voltar.
Pode entrar, não peça licença e entenda
Que eu sempre vou estar aonde deveria estar.
Pode entrar, sei que você não quer desculpas,
Sei que minhas palavras já fizeram rugas em seu coração.
Pode entrar, pela porta da frente, não preciso de arrudeios
E sei que pra você pouco importa os meios.
Pode entrar, não tenho mais nada pra te dar,
Nem um café posso te oferecer, pois se foi com você
Tudo que eu tinha pra somar.
Pode entrar, não precisa bater, sei que é fácil de confundir,
Mas não vamos nos prender ao que não está mais aqui.
Pode entrar, não precisa as chaves devolver,
Fique com você caso um dia queira voltar,
Ou quem sabe até lembrar do que já viveu atrás dessa porta.
Pode entrar, não repara a bagunça que eu tentei esconder,
Sei que também é difícil pra você mas eu não sei disfarçar,
Coloquei minha marcara pra lavar numa gaveta escura,
Mas eu faria tudo novamente com o mesmo medo e sem nenhuma bravura,
Apenas ofuscaria mais meus segredos pra mais ninguém desvendá-los,
Ou quem sabe colocaria menos maquiagem na minha pele e na sua.
Pode entrar, não estou te pedindo um longo texto,
Nem desculpas convincentes ou até mesmo esfarrapadas,
Mas não me venha com rasuras pois essas
Já passei todas a limpo antes de queima-las.
Pode entrar, o porta retrato ainda está no lugar,
Minha dor eu tentei maquiar
E até que estou indo bem melhor do que pude imaginar.
Pode entrar, sei que eu não pude prever
Que uma lagrima fria iria escorrer
E por mais que eu tentasse esconder
Não pude evitar de ter a certeza
De que sozinho eu terei de enxugar
E abafar calado o meu próprio consolo.
Pode entrar, estou conseguindo superar
A ferida talvez nunca vá sarar,
Mas me ajuda a não mais machucar
O que ainda está aberto em mim.
Pode entrar, suas coisas ainda vou arrumar,
Para que o seu rumo você possa tomar,
Para que o seu destino você possa traçar,
Para que a sua vida você possa continuar,
Para que uma estrada qualquer você possa seguir
E quem sabe talvez um alguém encontrar,
Que seja capaz de te dar tudo aquilo
Que eu não pude em você despertar.

Deixa pra lá


Deixa pra lá,
Que esse vazio eu vou preencher,
A tua ausência eu vou ocupar,
E se essa dor quiser percorrer todos os vãos da casa.
Deixa pra lá,
Que aquela foto eu vou retirar,
Pra quem sabe talvez descansar,
Mas não me pede pra apagar
O que está em mim.

No fim o que você queria?
No fundo tem uma caixa vazia
Repleta de coisas, promessas, de juras, enganos,
De culpas, de planos e agora só restam os danos só seus.

Deixa pra lá,
Que o preto e branco eu vou colorir,
Que a escuridão eu vou clarear,
Quem sabe um dia eu volte a sorrir,
Por todo o bem que há.
Deixa pra lá,
Que a tua lembrança eu vou ocultar,
Que esse momento há de chegar,
Que o sofrimento há de cessar
E eu vou poder seguir.

No fim o que você queria?
O início e tudo que eu queria
Repleto de cores, de gostos, prazeres, sabores,
De poucos desgostos, sem lados opostos aos meus.

white noise - the visitations


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Carrossel da vida


A vida é como um carrossel,
Agente gira e gira, as vezes estamos em baixo
As vezes estamos em cima,
As vezes estamos de um lado, as vezes do outro,
As vezes um passo a frente,
As vezes muitos passos atrás
E uma vez que agente entra nele
Só nos resta uma coisa a se fazer:
Aproveitar ao máximo antes que acabe!
Então viva! Viva a vida! Sinta!
Sinta todo e qualquer tipo de sentimento bom
Que a vida tem para nos oferecer.
Se entregue por completo mesmo a pessoas incompletas,
Complete a si mesmo, busque fora e até além do seu alcance
As respostas que você não encontra olhando para seu interior,
Quando você se tornar obsoleto em seu próprio mundo
Busque em outros mundos novos horizontes para se ver.
A vida é uma chuva torrencial sob um escaldante sol.
A vida não é coisa de uma pessoa só,
É uma passagem de ida e sem volta para um só rumo.
A vida é o acumulo de frio na barriga,
É a multiplicação de arrepios na pele,
É quando o olhar perdido no nada encontra um ponto fixo,
É um labirinto de secessões desastrosas que deram certo,
A vida é como mergulhar de cabeça em um balde de água fria,
É colocar os pés numa bacia de água quente,
É olhar bem para nossa frente e não ver,
É ouvir uma boa musica repetidas e incansáveis vezes,
É apagar as luzes em um completo vazio,
É passear com o cachorro,
É prender a respiração até não agüentar mais,
É olhar para o sol e cegar,é apreciar a lua quando está cheia.
A vida é tomar um banho frio pela manhã,
É cantar no chuveiro, é acordar de madrugada para ir ao banheiro,
É não ter medo de errar, é ter com quem contar,
Somar, multiplicar e dividir.

O vômito de Deus


Eu sou o lixo do mundo,
Sou o vômito de Deus,
Sou o arrependimento importuno,
Tanto meus quanto seus.
Sou o resto cru de toda carne podre,
Sou o verme que rasteja e habita,
Sou as fezes de adão,
Sou o vírus em uma célula,
Sou o átomo morto em uma molécula,
Sou o vácuo e seu vazio.
Eu sou a dor do parto
E o aborto de Maria,
Sou o incesto do tempo,
Sou o arrependimento à venda,
Sou o câncer comestível,
Sou a aids em comprimido,
Sou um tumor solto em um organismo,
Sou uma idéia presa numa caixa.
Eu sou o que não se acha viver,
E o que não se espera existir.
Eu sou o improvável, o inexistente,
Sou a oportunidade deprimente.
Eu sou o que se ofusca na noite
E o que brilha no dia,
Sou o imperceptível, o inotável,
Sou o inconstante mutável,
Sou o inimaginável que se pode imaginar.
Eu sou a aposta sem sorte,
Sou a linha da morte,
Sou o sul sem o norte da direção que falta,
Eu sou o que espera a hora de morrer,
Sou o que deu errado,
Sou o fim dos tempos,
Sou o inicio da decadência humana
Com toda a sua miséria acumulada.

Vapor e neblina


Viver em uma realidade onde tudo se confunde
Em minha mente várias e várias vezes em minha frente.
Eu só tento sobreviver, mas apenas com lembranças
É quase impossível respirar
E ter forças para se reerguer todos os dias.
Cainhando sob as pedras que me lançaram,
Muitas até acertaram, mas pouco efeito tiveram sob mim.
Ter que tentar encontrar a paz em mim
Com esse inferno que você deixou ardendo,
Nem mesmo as lágrimas que jorram
A cada milésimo de segundo dos meus olhos
Aliviam alguma dor em minha alma.
No hoje vivo apenas mais uma nova mentira,
Acredito em apenas mais uma das minha incertezas.
Não tão distante do modo exato de felicidade em meus dias,
Se tornam ainda mais perto os momentos
Em que pude seguir quase com o coração inerte em meu peito.
Apenas mais alguns dias de misericórdia comigo mesmo.
Eu vou embora lentamente como a fumaça
Do ultimo e saboroso cigarro que me consome,
Eu vou pela chuva, escorro pelas ruas,
Eu sigo como a chuva por peles ásperas,
Eu sou cada gota que evapora e deixa de existir.
Eu me contento com a falta de chances perdidas
E com todo o excesso de falcas oportunidades
Para serem conquistadas.
Hoje todo o controle que é perdido facilmente
Firmará uma nova e revoltante nação,
Dará um poder novo e estonteante
Para mudar o mundo.
A coragem é uma coisa boa,
Mas pode ser uma arma mortal
Na mão de loucos sem pudor e sem medo como eu.
Apenas mais um novo ser para ser novamente consumido
Pelo corroer do tempo por varias e varias vezes.
Apenas mais um corpo para se enferrujar
Com toda a maresia que vai e vem sem se importar.
Apenas mais uma boca com fome para se alimentar
De toda a miséria estampada na face que não quer calar.
No ontem jamais pensei que pudesse ser capaz de fazer
O que fiz no dia de hoje.
Ainda sinto como se alguns dias fossem negros,
Como se algumas notas da mais bela melodia
Fosse distorcida.

Lágrimas congeladas


É tudo muito rápido e duradouro como a eternidade,
É passageiro como a velocidade do tempo em nós.
É tudo único, claro e escuro como uma imensidão de luz
E o silencio que se esconde por traz do nosso medo.
Vejo um facho de luz na escuridão,
O vento frio em meu rosto,
Me vejo sem você e minha imagem não existe,
Meus sentimentos sem você são apenas o desprezo a mim mesmo
E o desespero que as lembranças me trazem.
É tudo quase imperceptível e a flor da pele,
Como lágrima quente misturada com a chuva fria,
Como a fuma da mentira congelada sem ser notada.
É tudo muito estático e inerte,
A escuridão aprisiona o que deveria libertar,
O destino se esconde se omite e nada pode fazer,
O acaso se maquia e não mais se expõe.
É tudo muito puro e saboroso,
Pouco visto e harmonioso como o estrondo
No choque entre os céus e a terra,
Como o choro de deus, como a fome de liberdade,
Como um abraço de saudade.
Tudo se perde  e se cruza ao mesmo tempo,
Fora do tempo que evapora como a fumaça perante o caos.

Pipas

Eu sempre segui desgovernadamente,
Muitas vezes corri desenfreadamente,
Algumas vezes voei, sem destino
E sem enxergar nada em minha frente.
Eu sempre tentei, busquei, lutei,
Me arrisquei, várias vezes tropecei
Ao decorrer do caminho por pedras
Que na maioria das vezes eu mesmo coloquei lá.
Já sonhei o que tinha de sonhar,
E pude muita coisa realizar,
Muitas muito além do previsto,
Muito além do que previram pra mim.
Já fui impedido de voar por limitações
Que não existiam, apenas foram criadas por estranhos
E por raízes que eu mesmo plantei.
Eu sempre esperei muita coisa cair
De um céu invisível, aguardei de braços cruzados
Milagres acontecerem por acontecer
E até presenciei alguns que hoje não posso provar.
Eu sempre segui sem destino,
Mas hoje eu vejo o quanto eu perdi
Por ser um simples menino correndo
Sem olhar pra frente atrás de uma pipa
Que jamais pude colocar para voar.
 

Nada é pior


Porque você não sai dos meus sonhos?
Porque você não vem ao meu encontro?
Já estou cansado de te sentir e não te tocar,
De te ver e você não me olhar,
Já não agüento mais esse prego perfurando minhas mãos,
Me impossibilitando de doar,
Já não suporto mais ter que suportar
Essa corda que quer me enforcar,
Essa corrente em meus pés me impedindo de caminhar.
Porque você não pertence mais ao meu mundo?
Ao mundo que só eu torno real.
Porque toda a ilusão da terra se recaiu sob mim tentando me matar?
Porque tenho de ficar aqui com um fim que não quer chegar?
Não há forma nenhuma, não há maneira sequer
De te apagar de mim.
Seja qual for o meu castigo,
Seja qual for o preço que terei de pagar,
Nada é pior do que isso,
Nada é pior do que ter que voltar ao inicio sozinho,
Nada é pior do que ser obrigado a reviver
As lembranças sozinho.
Você não sabe, acho que ninguém faz idéia,
Nem teria como. Eu disfarço muito bem que estou bem,
Me distraio facilmente com qualquer alguém,
Só que depois isso passa,
E é aí que você me vem, me levando tudo,
Me tornando em bem menos do que sou,
Me mostrando bem além de tudo que eu podia ver,
Me deixando bem além da onde eu podia estar,
Bem depois do que eu pude prever,
Bem distante do que eu podia imaginar.
É aí que você surge, trazendo tudo que eu pensava
Ter esquecido e levando nada além do que foi perdido.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dias,meses e anos!


Já se passaram segundos, já se passaram minutos,
Já se passaram horas, dias, semanas meses,
Já se passaram até anos.
Já passei por muita coisa e hoje
A vida penas passa por mim.
Algumas coisas se tornaram nítidas,
Outras se ofuscaram,
Algumas superfícies hoje são mais tênues,
Outras mais ásperas do que ontem,
Algumas dúvidas ganharam vida,
Algumas incertezas carne e osso,
Algumas palavras antes tão belas
Hoje sangram em meu peito
E escorrem de meus olhos.
Eu me prendi na mesmice de meus dias,
Me aprisionei na espera de minhas horas,
Me redimi com tua inconstante ausência
Em minhas noites e com tua constante
Presença em meus sonhos.
Me preenchi com o pouco que restava,
Com as migalhas que me jogaram,
Com os restos que abandonaram pelo caminho,
Me abriguei como o mofo pelos cantos,
Me maquiei com a poeira dos moveis
E me alimente das sobras que você me deixou.
Vou te beber em mais um copo,
Te fumar em mais um cigarro,
Te dissolver em mais um remédio,
Te injetar em apenas mais uma droga,
vou te reescrever em apenas mais umas linha,
Vou me envenenar apenas mais uma vez de você,
apenas mais uma vez vou me esvaziar e te preencher,
Apenas mais uma vez vou fechar meus olhos e te ver.
Vou te consumir em mais um corpo outra vez
Vou te beijar em mais uma boca que talvez
Seja a ultima, apenas mais uma vez.