Eu sempre segui desgovernadamente,
Muitas vezes corri desenfreadamente,
Algumas vezes voei, sem destino
E sem enxergar nada em minha frente.
Eu sempre tentei, busquei, lutei,
Me arrisquei, várias vezes tropecei
Ao decorrer do caminho por pedras
Que na maioria das vezes eu mesmo coloquei lá.
Já sonhei o que tinha de sonhar,
E pude muita coisa realizar,
Muitas muito além do previsto,
Muito além do que previram pra mim.
Já fui impedido de voar por limitações
Que não existiam, apenas foram criadas por estranhos
E por raízes que eu mesmo plantei.
Eu sempre esperei muita coisa cair
De um céu invisível, aguardei de braços cruzados
Milagres acontecerem por acontecer
E até presenciei alguns que hoje não posso provar.
Eu sempre segui sem destino,
Mas hoje eu vejo o quanto eu perdi
Por ser um simples menino correndo
Sem olhar pra frente atrás de uma pipa
Que jamais pude colocar para voar.
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