Eu nado contra a maré,
Contra a corrente, contra o fluxo do rio,
Contra o mar em minha frente.
Eu vou contra todas as minhas certezas
E as transformo em sonhos esquecidos.
Eu vou contra a correnteza,
Contra todas as minhas certezas,
Contra todas as minhas duvidas,
Eu me enveneno contra meu próprio antídoto,
Me curo sozinho e fico doente
Sem nenhuma doença aparente
E nenhum remédio dormente
Que me defina e de tudo me deixe ausente.
Eu vou contra as forças da natureza,
Vou contra a influencia do destino,
Luto contra o poder do tempo
De tudo poder levar.
Eu vou contra a diferença do mesmo,
Contra a separação dos pares,
Vou contra o igual das divergências,
Contra a atração dos opostos,
Vou contra a linha tênue do acaso,
Contra as pedras do caminho,
Contra as coincidências do fio que me decepa.
Eu grito contra o silencio contido,
Eu silencio contra o tormento embutido,
Contra todo o ódio engarrafado e ingerido,
Contra todas as drogas consumidas
Que me consomem sem dosagem certa,
Sem dó nem coerência
Pela
ausência do que amar.
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