Minhas mão são como tinta que mancha tudo que eu toco,
Minhas palavras são como um buraco negro que devora tudo que se aproxima de mim.
Eu faço o que não deveria fazer e me transformo em quem eu não deveria ser.
Eu procuro em mim a parte que perdi e não encontro em meu passado,
Eu procuro em mim o capitulo que ainda não li.
Eu sou os livros que leio, os filmes que vejo,
A comida que como, a água que bebo,
As roupas que visto, os cigarros que fumo,
Eu sou a minha embriaguez, a minha razão,
A minha falta de emoção, sou eu a minha maior decepção,
Sou eu mesmo o meu excesso de ilusão,
Sou eu a falta de compreensão,
O limite da minha exaustão
E a força da minha decisão.
Sou eu mesmo o câncer que me engole,
A ferrugem que me coroe,
Sou eu o calor que me transborda,
O suor que exalo,
Da madeira que queima eu sou o estalo,
Eu sou o ralo que suga toda a podridão,
Sou eu a parte descartável do que se joga fora.
Das melhores coisas eu sou o que não se aproveita,
Eu sou a rejeição do que todos rejeitam.
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