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O blog contém um pouco do muito em mim,ou seria melhor muito do pouco em mim?não sei bem ao certo,como acho que não sei bem ao certo de muita coisa que penso saber até hoje.enfim o blog foi feito com muito carinho e atenção a cada mínimo detalhe e é o resultado de anos escrevendo,desde textos da minha infância,adolescência e ate hoje.espero que gostem,sintam-se à vontade para me seguir e comentar.

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Até o fim



"Não precisa ser para sempre, mas precisa ser ate o fim!"

"Para sempre" é nada mais nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em princípio, não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o "para sempre".
O que quero dizer é que o "sempre" não é magia nem tão pouco um tempo que pré-exista. Ele é conseqüência. Nada mais que conseqüência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.
Quanto ao amor,há quem acredite que só é de verdade se durar "ate que a morte os separe". Outros, como o grande Vinicius de Moraes poetizou, apostam no "que seja eterno enquanto dure". Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até ao fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que o seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e " depois de todas as tentativas " nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.
Claro que não estou a defender a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente "Quase", de Sarah Westphal (muitas vezes atribuído a Luiz Fernando Veríssimo): ... "Prós erros há perdão; prós fracassos, chance; prós amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar" ...
Porque de corações partidos por causa de um amor vivido pela metade estão as ruas cheias. Assim como de almas que perambulam feito pontos-de-interrogação, a questionarem-se o que mais poderiam ter feito para que o outro também estivesse presente, para que não fugisse tão furtivamente, tão covardemente, tão sordidamente.
É por isso que insisto: muito mais do que nos preocuparmos com o "para sempre", precisamos começar a investir no "até o fim", para que o "agora" tenha mais significado, para que as intenções, as palavras, as atitudes e todos os recomeços façam parte de uma historia mais sólida, menos prostituída, que realmente valha a pena.
Sei que, em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou auto-defesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.
O outro não quer? Desistiu? Acobardou-se? Ok! Por mais imbecil que seja, é um direito dele. Está certo de que fizeste o que estava ao teu alcance e depois... bem, depois recolhe-te e pondera: "prós amores impossíveis, tempo". Tempo em que tu acabarás por descobrir que a vida tem o seu jeito misterioso de fazer o amor acontecer, mas que " no final das contas " feliz mesmo é quem, apesar de tudo, tem coragem de ir até o fim!

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