SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!

O blog contém um pouco do muito em mim,ou seria melhor muito do pouco em mim?não sei bem ao certo,como acho que não sei bem ao certo de muita coisa que penso saber até hoje.enfim o blog foi feito com muito carinho e atenção a cada mínimo detalhe e é o resultado de anos escrevendo,desde textos da minha infância,adolescência e ate hoje.espero que gostem,sintam-se à vontade para me seguir e comentar.

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"sou apenas um simples resumo complexo de todas as pessoas que já passaram por minha vida"

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

No chão de minha vida


 No chão de minha vida, eu mesmo já cavei vários buracos
Alguns, pequenos deslizes, outros, enormes abismos quase sem fim.
Já construí montanhas as quais escalei
E também já criei pedras as quais tropecei.
No chão de minha vida eu já sangrei gota a gota todo o meu fim
Até secar por inteiro. Já misturei lágrimas com a poeira,
Algumas de dores, outras de vitórias, mas todas necessárias.
No chão de minha vida já caminhei sob espinhos,
Já dei passos incertos e já voltei de caminhos sem volta.
Já nadei contra correntezas que me venceram mas não me superaram.
No chão de minha vida já perdi o equilíbrio,
Já cai e me levantei sozinho sem ajuda alguma.
Já plantei meu alimento e também meu próprio veneno.
No chão de minha vida eu vi com mais clareza as paisagens
Que nas alturas não me vinham aos olhos,
Desfrutei de sabores que o doce não me proporcionou,
E transformei fel em mel.
No chão de minha vida o declínio já me tragou,
A angústia já criou raízes em meus pés,
já vi sucumbir toda a alegria que existia em mim,
toda a força que eu possuía, toda a vontade de continuar,
toda a razão que me movia,
mas não levou a minha vontade de viver
e nem a minha capacidade de ser feliz.
No chão de minha vida já dancei com a solidão,
Já enviaram moscas as minhas feridas ao invés de cura,
Já senti a mentira podre e a verdade crua.
No chão de minha vida eu só pude descobrir novos caminhos
Quando eu me encontrava perdido, só deixei minhas próprias pegadas
Quando não haviam rastros para serem seguidos.
O chão de minha vida já caiu várias vezes sob os meus pés,
Já me esmagou contra o teto, já fez de mim um inseto,
Já devorou o feto em mim, já consumiu o meu fim
Antes mesmo dele chegar, já mostrou consumado
O que ainda não tinha acabado,
já me fez dar o lado oposto da face para bater.
O chão de minha vida já me fez descer o mais baixo
Que um ser pode chegar de si mesmo,
Abaixo de um verme e seu rastejo.

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