eu nasci sem terra

Eu nasci sem terra,e como aço sai de uma fornalha eu emergi do nada.apenas mais uma má formação como todas as outras.hoje estou entre corpos enterrados e o que sobrou das cidades,não há um ponto no globo que as cenas não se repitam.a rebeldia e a desordem será o verso do livro desse novo tempo. não há limitações para a massa crítica que se aproxima.meu pulso é como o de um condenado a morte.a verdade queima junto com os entulhos do império e minha mentiras queimam com tudo.eu espero como uma pedra numa prisão sem teto,estou cansado das greves e das linhas que separam meu país e limitam meu território,meu caminhar,meu prosseguir.estou cansado de mais nada me restar a não ser esperar como uma bomba.nada tenho a não ser o direito de obedecer e desacatar de não aceitar o que estão a me impor.eu apenas espero e eles esperam comigo,esperam de mim,não sei por que nem por quanto tempo mas estamos a esperar.