O amor é uma doença que torna as pessoas obsoletas
E a rejeição faz com que elas odeiem umas as outras.
O amor só aumenta a facilidade de odiar
Quando não se é comprometido.
O amor é o ódio constrangido e disfarçado.
O amor é a eternidade que com o tempo aumenta
E pelo ódio se expressa.
O amor é o sofrimento, é o sentimento de quem sofre.
O amor é o teorema, é o comportamento compulsivo
É a reação em cadeia que nos aprisiona
E nos transforma em experiências mal realizadas.
O amor é a forma pela qual odiamos
É o instinto pelo qual morremos e matamos.
O amor é o arrependimento,
São palavras não ditas
É o tormento de todas as vidas que amam.
O amor é o sacrifício, é apenas o início
Da morte que a lugar nenhum vai chegar.
O amor é a dor na carne crua e sem pudor,
Na face nua e sem cor que a pele esconde.
O amor é a primavera, é a flor mais bela a nascer
De um coração a beira da morte.
O amor é contradição é a encenação da tragédia
Sem a comédia impertinente da razão.
O amor é escuridão reluzente
Que ofusca os olhos de todo ser deprimente que ama.
O amor é o principio e o meio que conduz
Mais rápido ao fim.
O amor é a mão que acaricia, que fere e faz sangrar,
O ventre que gera e tende a matar.
Já amei, já nem lembro quantas vezes eu morri,
Já nem sei quantas vidas eu tenho e vivi.
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