O que eu sonhava esta morto,
O que eu esperava se foi e nem sequer chegou.
O meu grito chorou, o meu choro secou,
Meu silêncio gritou, meu sorriso quebrou
E eu aqui, aonde estou?
Com uma pedra em meus pés,
Com espinhos em minhas mãos.
Os que me deram as costas não eram meus inimigos,
O que eu amava cortou-me os pulsos
E hoje o sangue que jorra eu não pude prever
Nem quis acreditar que o amargo sabor
E o sentir do pesar que do meu peito saiu
A faca que atravessou-me a alma.
Os meus lábios provaram do mais doce veneno
Que o pecado do meu ventre tocou.
Não eram meus amigos os que por sua vez
Tomaram o meu lugar.
Os meus olhos não viram que minha alma sangrou,
Que meu sangue gelou, que meu coração parou,
Ao sentir a dor que nem ao meu melhor
E mais nobre inimigo eu concederia.
Meu silêncio falou, meu espelho mostrou
O que eu não pude ver.
Meus olhos derramaram as lágrimas
Que eu não pude enxugar.
Minha imagem tremeu e tornou a se apagar.
É triste o meu pesar, silencioso o meu penar,
Só não é tão frio e cru quanto o meu vingar.
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